O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, fez alguns alertas sobre uma “séria ameaça à segurança nacional”, ao se referir à “nova arma anti-satélite” que a Rússia está desenvolvendo.
Segundo autoridades do governo dos Estados Unidos, a suposta arma ainda não foi usada, mas está sendo preparada para uma “guerra no céu” e equipada com dispositivos nucleares para derrubar satélites americanos.
De acordo com a BBC News, Kirby não deu detalhes, mas a Rússia reagiu acusando os EUA de usarem as alegações de novas armas russas como uma estratégia para forçar o Congresso a aprovar ajuda adicional à Ucrânia “por bem ou por mal”.
‘Guerra no céu’
Kirby ainda disse: “Não estamos falando de uma arma que possa ser usada para atacar seres humanos ou causar destruição física aqui na Terra”. A arma será usada para “destruir a capacidade de comunicação dos EUA e suas operações militares", conforme reportagem da CBS News.
Ele destacou que o presidente dos EUA, Joe Biden, foi informado sobre a suposta arma e que seu governo está levando isso “muito a sério”.
Depois disso, Kirby compartilhou que Biden já havia ordenado “um contato diplomático direto com a Rússia” sobre a ameaça.
Sobre a arma russa anti-satélite
Pouco ainda se sabe sobre os planos da Rússia com o desenvolvimento da nova arma anti-satélite, mas os veículos de imprensa New York Times, ABC e CBS relataram que a arma com capacidade nuclear estaria sendo criada pela Rússia e que poderia ser usada para atacar satélites dos EUA no espaço.
Um relatório divulgado no ano passado pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, com sede em Washington, sugeriu que a Rússia estaria desenvolvendo uma série de armas anti-satélite (ASAT), incluindo um míssil que foi testado com sucesso contra um satélite extinto da era soviética em novembro de 2021.
Uma das autoras do relatório, Kari Bingen, ex-funcionária de alto escalão da inteligência do Pentágono, disse à BBC que durante a guerra na Ucrânia, a Rússia já usou uma variedade de outros métodos, entre eles, ataques cibernéticos e interferências para dificultar as comunicações por satélite. “Isso já faz parte da sua doutrina de combate”, ela ressaltou.
‘Rússia desrespeita todas as leis’
Sobre a possibilidade de ter os satélites danificados ou destruídos, Bingen disse: “Os satélites são parte fundamental da nossa vida cotidiana. Os americanos e os cidadãos de todo o mundo dependem do espaço e nem sequer percebem isso”.
Vale lembrar que existe o Tratado do Espaço Sideral de 1967, que proíbe os países de enviarem para órbita “quaisquer objetos que transportem armas nucleares ou quaisquer outros tipos de armas de destruição em massa”.
Publicada por: RBSYS
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